Galacteon e Episteme nasceram ambos na cidade de Emessa, na Fenícia. A mãe de Galacteon era estéril até ser batizada. Após seu batismo, ela converteu seu marido Clitofonte a verdadeira fé, batizou seu filho Galacteon e o educou na fé cristã. Quando Galacteon cresceu o suficiente para se casas, sua boa mãe, Leucipa, adormeceu, e seu pai desposou-o com uma donzela nascida pagã, chamada Episteme. Galacteon não queria de modo algum se casar, e convenceu Episteme a ser batizada e depois tonsurada monja ao mesmo tempo em que ele se tornava monge. Ambos se retiraram para o monte Publion – Galacteon para um mosteiro e Episteme para um convento. Eles se mostraram luzes radiantes em seus mosteiros. Eram os primeiros no trabalho, os primeiros na oração, os primeiros na humildade e na obediência e os primeiros no amor. Jamais deixaram seus mosteiros nem viram um ao outro até pouco antes da morte. Uma feroz perseguição começou e ambos foram trazidos perante o tribunal. Enquanto os pagãos açoitavam impiedosamente Galacteon, Episteme chorava. Então eles a açoitaram. Depois disso, eles amputaram as suas mãos, os seus pés e por fim as suas cabeças. Seu amigo Eutolio tomou os seus corpos e os sepultou dignamente. Eutolio fora escrava dos pais de Episteme, e mais tarde monge com Galacteon. Ela também escreveu a vida desses mártires maravilhosos de Cristo que sofreram e receberam suas coroas no céu no ano de 253.
Hino de Louvor
Galacteon, e com ele Episteme,
Abandonaram o mundo da fumaça passageira,
Crucificaram as paixões do corpo
E acenderam aos céus em espírito.
Seus corações lembravam-se de Cristo em cada batida,
E se crucificavam por amor Dele.
Então chegaram os carrascos.
Galacteon foi a sua tortura,
E Episteme correu atrás dele:
"Mais devagar, irmão", ela disse, "não corras!
Fui batizada por tuas mãos,
Agora leva-me contigo à tua tortura!
Mesmo sendo indigna, irmão,
Estou disposta a morrer pelo meu Cristo."
Galacteon, e com ele Episteme,
Proclamaram Cristo aos descrentes,
E entre amargas torturas por fim expiraram.
Entregaram suas almas a Cristo;
Agora vivem com os anjos no Paraíso,Galacteon e Episteme.
Abandonaram o mundo da fumaça passageira,
Crucificaram as paixões do corpo
E acenderam aos céus em espírito.
Seus corações lembravam-se de Cristo em cada batida,
E se crucificavam por amor Dele.
Então chegaram os carrascos.
Galacteon foi a sua tortura,
E Episteme correu atrás dele:
"Mais devagar, irmão", ela disse, "não corras!
Fui batizada por tuas mãos,
Agora leva-me contigo à tua tortura!
Mesmo sendo indigna, irmão,
Estou disposta a morrer pelo meu Cristo."
Galacteon, e com ele Episteme,
Proclamaram Cristo aos descrentes,
E entre amargas torturas por fim expiraram.
Entregaram suas almas a Cristo;
Agora vivem com os anjos no Paraíso,Galacteon e Episteme.
Reflexão
O amor físico, comparado ao amor espiritual, é menos do que uma sombra é para substância sólida. A irmandade de sangue e de corpo não é nada comparada a irmandade do espírito. O pai de Galacteon o desposou com a virgem Episteme. Galacteon batizou Episteme e, depois, receberam ambos a tonsura monástica. Seu amor físico foi substituído pela amor espiritual, um amor tão forte quanto a morte. Tão grande era o amor espiritual de Galacteon por Episteme que ele jamais desejou vê-la com seus olhos físicos. Nem o contato e nem a proximidade físicas são necessários para o amor espiritual. Tão grande era o amor espiritual de Episteme por Galacteon que quando ela soube que ele havia sido levado para a tortura, correu atrás dele, rogando-lhe para que não a rejeitasse, mas a recebesse como uma companheira de sofrimentos, uma vez que ele era seu pai e irmão espiritual. Quando os impiedosos torturadores açoitaram o corpo nu do santo Galacteon, a santa Episteme chorou. Contudo, quando os torturadores deceparam suas mãos e pés por Cristo, ambos rejubilaram e glorificaram a Deus. Tão grande era o poder de seu amor por nosso Senhor Jesus Cristo, e tão grande era o amor espiritual com que se amavam um ao outro. Em verdade, o amor físico é como uma borboleta colorida que passa depressa, mas o amor espiritual é duradouro.