“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

"Sobre o Nascimento do Senhor, o Filho de Deus"

Saí do Pai, e vim ao mundo (João 16:28).
O Filho Unigênito de Deus, irmãos, gerado na eternidade do Pai e sem mãe, nasceu no tempo de uma mãe e sem pai. Aquela primeira geração é um mistério insondável da Santa Trindade na eternidade, e o segundo é o mistério insondável do poder de Deus e de Seu amor pela humanidade no tempo. O maior mistério no tempo corresponde ao maior mistério na eternidade. Sem adentrar nesse mistério máximo com a pequena vela de nosso entendimento, contentemo-nos, irmãos, com o conhecimento de que a nossa salvação se originou não do homem e nem da terra, mas das máximas alturas do invisível mundo divino. Tão grande é a misericórdia de Deus e tão grande é a dignidade do homem que o próprio Filho de Deus desceu da eternidade ao tempo, do Céu à terra, do Trono da glória à gruta do pastor, apenas para salvar a humanidade, para purificar os homens do pecado e reconduzi-los ao Paraíso. Saí do Pai, onde tinha tudo, e vim ao mundo, que nada pode Me dar. O Senhor nasceu numa gruta para mostrar que o mundo inteiro é uma gruta escura que somente Ele pode iluminar. O Senhor nasceu em Belém – e Belém quer dizer "a Casa do Pão" – para mostrar que Ele é o único Pão da Vida digno de homens verdadeiros.

Ó Senhor Jesus, Filho Pré-eterno do Deus Vivo e Filho da Virgem Maria, ilumina-nos e alimenta-nos Contigo.

A Ti sejam a glória e o louvor para sempre. Amém.