“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

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domingo, 28 de dezembro de 2008

Sto. Pont. e Márt., Eleutério, Bp. de Ilírico, e sua mãe, Sta. Márt. Anthia, e seus comp., Pont. e Márt., Coremonus e dois carrascos que sofreram com

De uma boa árvore, vêm bons frutos. Esse santo maravilhoso teve pais nobres e muito eminentes. Eleutério nasceu em Roma, onde seu pai era procônsul imperial. Sua mãe Ântia ouviu o Evangelho do grande Apóstolo Paulo e foi por ele batizada. Tendo enviuvado cedo, confiou seu único filho ao estudo e ao serviço sob os cuidados de Aniceto, Bispo de Roma. Vendo como Eleutério era bem-dotado por Deus e iluminado pela graça de Deus, o Bispo o ordenou diácono aos quinze anos de idade, presbítero aos dezoito e bispo aos vinte. A sabedoria dada por Deus a Eleutério compensava aquilo que lhe faltava em idade, e esse eleito de Deus foi designado Bispo da Ilíria, com sé em Valona (Avlona), na Albânia. O bom pastor guardava bem seu rebanho e aumentava seu número a cada dia. O Imperador Adriano, um perseguidor dos cristãos, enviou o comandante Félix com seus soldados para capturar Eleutério e trazê-lo a Roma. Quando o encolerizado Félix chegou a Valona e entrou na igreja, viu e ouviu o santo hierarca de Deus; de repente, seu coração mudou e ele se tornou cristão. Eleutério batizou Félix e partiu para Roma com ele, regressando com alegria, como se fosse a uma festa e não a juízo e tortura. O imperador submeteu o nobre Eleutério a severa tortura: foi açoitado, assado num leito de ferro, cozido em piche e queimado numa fornalha em chamas. Mas Eleutério foi liberto de todas essas torturas mortais pelo poder de Deus. Ao ver tudo isso, Caribo, o eparca romano, declarou que também ele era cristão. Caribo foi torturado e depois degolado, tal como o Beato Félix. Por fim, os carrascos imperiais cortaram a honorável cabeça de Santo Eleutério. Quando sua mãe, a santa Ântia, veio e inspecionou o corpo morto de seu filho, também ela foi degolada. Seus corpos foram trasladados a Valona, onde até hoje Santo Eleutério glorifica o Nome de Cristo por meio de seus muitos milagres. Padeceu durante o reinado de Adriano, no ano de 120.

Hino de Louvor
Eleutério, santo de Deus,
Não escondeste dos homens a Verdade de Deus,
Mas com a Verdade de Deus iluminaste os homens
E ofereceste a salvação a cada um e a todos.
Que a Igreja de Deus rejubile;
Que toda a Ilíria rejubile.
Eis que Deus lhe enviou um homem maravilhoso:
Eleutério, um verdadeiro santo.
Seu próprio nome quer dizer "liberdade":
Eleutério traz a liberdade,
A verdadeira liberdade da escravidão do pecado.
A verdadeira liberdade não existe sem o Cristo.
Que a cidade de Valona rejubile também.
Nela repousam as relíquias do santo:
Relíquias milagrosas que curam os doentes,
Chama da qual fogem os demônios.
Bendita é a mãe que dá à luz um santo.
Santa Ântia, três vezes bendita,
Agora é consolada nos jardins do Paraíso,
E fixa os olhos em seu filho, Eleutério.
Ó Eleutério, ora por nós,
Para de que o Deus gracioso tenha piedade também de nós.