“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

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domingo, 28 de dezembro de 2008

"Sobre José"

E tendo [José] deixado suas vestes nas mãos dela, fugiu e foi embora (Gênesis 39: 12).

O inocente e casto José suportou duas grandes e difíceis tentações e as venceu: a tentação da inveja maligna por parte de seus irmãos de sangue e a tentação da paixão adulterina da tentadora egípcia. O ciúme o vendeu como escravo e a paixão do adultério levou o inocente à prisão. Em ambos os casos ele pagou o mal com o bem: ele deu alimento a seus irmãos famintos e preservou a vida, o trono e o povo do Faraó atemorizado. Seus irmãos pensaram em matá-lo, mas Deus o salvou; a mulher adúltera pensou em destruí-lo, mas Deus o salvou. Da escravidão e do encarceramento, Deus o coroou de glória e de autoridade ilimitada. E aquele a quem seus irmãos maldosos poderiam ter matado com um só golpe e a quem a poderosa mulher de Putifar poderia ter esmagado num instante, Deus o fez senhor ilimitado das vidas de milhões de pessoas e o único provedor de seus irmãos famélicos. Assim é a admirável misericórdia de Deus para com o justo. Assim sabe o Senhor como salvar e glorificar os inocentes e os castos. Na grandeza do destino de José, vemos a grandeza da misericórdia de Deus. Há um olho que nunca dorme, meus irmãos. Apeguemo-nos a Deus e não temamos ninguém. Sejamos inocentes e castos e não temamos o mal, nem a calúnia, nem a prisão, nem o ridículo e nem o infortúnio. Pelo contrário, rejubilemo-nos quando nos sobrevier tudo isso por causa de nossa inocência e castidade; rejubilemo-nos e aguardemos com fé a revelação das maravilhas de Deus para conosco. Que em toda tempestade aguardemos o trovão da justiça de Deus -- e depois a bonança.

Ó Senhor misterioso, que secreta mas vigilantemente acompanhas o justo na escravidão e na prisão, e manifestas a Tua misericórdia em Teu próprio tempo, ajuda-nos a sermos inocentes e castos.

A Ti sejam a glória e o louvor para sempre. Amém.