“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

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domingo, 30 de agosto de 2009

"Sobre a Divina Criança Portadora do Espírito"

E o Espírito do Senhor repousará sobre Ele, o espírito de sabedoria e entendimento, espírito de conselho e poder, espírito de conhecimento e temor do Senhor (Isaías 11:2).

O Santo Espírito de Deus não Se separa do Pai, nem Se separa do Filho; nem o Pai se separa do Filho e do Espírito; nem o Filho Se separa do Pai e do Espírito. O Espírito Santo profetizou sobre o Filho pelos profetas; o Espírito Santo envolveu a Santíssima Virgem e preparou-a para o nascimento do Filho de Deus; o Espírito Santo permaneceu inseparavelmente sobre o Filho durante todo o tempo de Sua permanência no mundo e no corpo. O espírito de sabedoria – as visões dos mistérios celestiais; o espírito de entendimento – a compreensão dos laços entre os mundos visível e invisível; o espírito de conselho – a separação do bem e do mal; espírito de poder – autoridade sobre a natureza criada; o espírito de conhecimento – conhecimento da essência das coisas criadas; espírito de temor do Senhor – o reconhecimento do poder divino sobre os dois mundos e a submissão à vontade de Deus. Quem, em algum momento entre os homens, usufruiu dessa plenitude de riquezas dos dons do Espírito Santo? Ninguém, a não ser Jesus Cristo. Portanto, o Espírito Santo distribui Seus dons livremente e dá-os aos homens, este a alguns, aqueles a outros. Mas, o universo da plenitude indivisível de Seus dons brilha somente no Filho de Deus.

Por que o Senhor Jesus precisou ter medo de Deus, se Ele próprio é Deus? Como Deus, Ele não precisava temer a Deus; mas como homem, Ele teve temor de Deus, como exemplo para nós. Assim como Ele jejuava, fazia vigília e laborava como um homem pelo bem de ensinar os homens, assim Ele temia Deus como um homem, para o bem de ensinar os homens. O que é mais eficiente na cura dos homens infectados com o pecado do que o temor a Deus? Ele, o Sadio, tomou sobre Si mesmo o remédio para o pecado, para que assim Ele pudesse encorajar-nos, os enfermos, a tomar o mesmo remédio. Não fazem os pais a mesma coisa com as crianças doentes, que têm medo de tomar o medicamento prescrito?

Ó Triuno e Eterno Deus – diante de Quem as hostes celestiais se prostram, cantando o admirável hino Santo, Santo, Santo, Senhor Sabaoth, recebe também nossa adoração e salva-nos.

A Ti, sejam a glória e o louvor para sempre. Amém.