“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

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sábado, 27 de dezembro de 2008

Santos Mártires, Tirso (Firso), Léucio (Lúcio), e Calínico, de Nicomédia (+c.250) - 14/27 dez

São Lêucio e São Tirso eram cidadãos honrados de Cesaréia da Bitínia, sendo o primeiro batizado e o segundo um catecúmeno cristão. Calínico, porém, era um sacerdote pagão. Quando o herdeiro do Imperador Décio, Cumbrício, começou a torturar e matar impiedosamente os cristãos, o destemido Lêucio compareceu perante ele e, censurando-lhe, disse: "Por que moves guerra contra a tua própria alma, Cumbrício?" O juiz enfurecido ordenou que ele fosse açoitado, torturado e ao fim degolado. O torturado Lêucio foi à sua degola tão exultante como se fosse a um casamento. Testemunhando a morte do corajoso Lêucio, o abençoado Tirso, inflamado com o mesmo zelo divino de Lêucio, compareceu também perante o juiz e reprovou os seus crimes malignos e sua descrença no Único Deus Verdadeiro. Ele também foi açoitado e lançado à prisão. A mão invisível de Deus curou suas chagas, abriu a porta da prisão e conduziu-o para fora. Tirso dirigiu-se imediatamente a Filéias, Bispo de Cesaréia, a fim de ser por ele batizado. Depois de seu batismo, foi novamente capturado e torturado, mas suportou as torturas, como se fizessem parte de um sonho e não da realidade. Pelo poder de sua oração, muito ídolos desabaram. O sacerdote pagão Calínico, vendo isso, converteu-se à fé cristã e tanto ele quanto Tirso foram condenados à morte. Calínico foi decapitado e Tirso posto num caixão de madeira que seria serrado ao meio. No entanto, o poder de Deus não permitiu isso e a serra foi incapaz de cortar a madeira. Então São Tirso levantou-se do caixão e orou a Deus, rendendo-Lhe graças pelas torturas, e entregou em paz a sua alma ao Senhor. No final do século IV, o Imperador Flaviano construiu uma igreja a São Tirso perto de Constantinopla e depositou ali suas relíquias. O santo apareceu numa visão à Imperatriz Pulquéria e aconselhou-a a sepultar as relíquias dos Quarenta Mártires ao lado das suas.

Hino de Louvor
Conhecestes a Fé, reconhecestes o Cristo,
Destes vossos corpos para salvardes vossas almas:
Por isso vossos nomes brilham nos céus
E um fogo inextinguível ilumina a Igreja.
Heróis imortais, orai por nós,
Para que as nuvens pecaminosas se afastem de nós.
Beato Lêucio e nobre Tirso,
Glorioso Calínico e digno Filêmon,
E os outros em ordem, que suportastes atrozes tormentos –
Agora sois cidadãos de um universo melhor.
Ó belos faróis, orai por nós;
Mártires de Deus, orai pela Igreja.
Conhecestes o amor, posse celestial,
A terra não o conheceu, nem sequer ao seu nome verdadeiro;
Vós o vistes inteiro no Filho de Deus,
No sinal da Crucifixão e em Seu semblante ensangüentado.
Agora estais próximos de Deus e contemplais a Sua Face.Cobris nossos pecados pelas vossas orações