“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

ok

domingo, 2 de novembro de 2008

“Sobre os pecados da língua”

Eu disse: "Guardarei os meus caminhos para não pecar com a minha língua" (Salmo39:1)


O pecado da língua é o pecado mais comum e mais freqüente. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, diz o Apóstolo Tiago (Tiago 3:2). Quando um penitente entra pelo caminho de Deus, quando começa a viver conforme os mandamentos de Deus, deve primeiro esforçar-se para evitar o pecado pela língua. Essa era a regra que o penitente Davi impôs a si mesmo. Ele fez voto, em especial, de permanecer em silêncio diante de seus adversários: Guardarei a boca com um freio, enquanto o ímpio estiver diante de mim (Salmo 39:1). Eis uma regra admirabilíssima para aquele que está sendo curado do pecado. Quando é acusado, não responde; quando é caluniado, permanece em silêncio. Em verdade, de que adianta falar a um homem enfurecido e injusto que não ama a Deus mais do que a si mesmo? Se lhe falardes sobre o mal, enfurecê-lo-eis ainda mais. Se lhe falardes sobre o bem, fareis dele um zombador de coisas santas. Diante de Pilatos, o Cristo permaneceu em silêncio. Pilatos disse: Nada respondes? (Marcos 15:4). Que pode Ele responder-te, quando não tens ouvidos para ouvir, ou uma mente para compreender? Eis que o silêncio do justo perante o injusto pode ainda exercer a melhor influência sobre o injusto. Forçado a interpretar sozinho o silêncio do justo, o injusto pode interpretá-lo para benefício de sua alma; ao passo que qualquer outra resposta, boa ou má, será interpretada para o mal, para a condenação dos outros e a justificação de si mesmo. Bem-aventurado aquele que aprende a governar sua língua.

Ó Senhor Jesus Cristo, nosso Deus, que nos mostraste pelo Teu exemplo como e quando falar, mostraste-nos pelo Teu exemplo como e quando devemos ficar em silêncio. Ajuda-nos, pelo Teu Santo Espírito, para que não pequemos com a língua.

A Ti sejam a glória e o louvor para sempre. Amém.