“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

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terça-feira, 9 de setembro de 2008

Santo Igúmeno e Eremita Pímen, o Grande do Egito (+ c. 450) - 27 ago/09 set

Pímem era egípcio por nascimento e um grande asceta do Egito. Ainda garoto, costumava visitar os mais renomados mestres espirituais, dos quais colheu um conhecimento considerável, como as abelhas colhem mel das flores. Pímem, certa vez, implorou ao ancião Paulo que o levasse a São Paísio. Ao ver Pímem, Paísio disse a Paulo: “Este menino salvará a muitos; a mão de Deus está sobre ele.” Com o tempo, Pímem foi tonsurado monge e atraiu dois irmãos seus à vida monástica. Numa ocasião, a mãe deles veio-lhes visitar. Pímem não a permitiu entrar, mas pediu a ela por detrás da porta: “Desejas ver-nos mais aqui ou lá, na eternidade?” A mãe partiu, com grande alegria, dizendo: “Já que certamente encontrarei meus filhos lá, então não desejo vê-los aqui!” No mosteiro em que esses três irmãos moravam (governado pelo Abade Anúbis, irmão mais velho de Pímem), sua regra era a seguinte: à noite, eles passavam quatro horas fazendo trabalhos manuais, quatro horas dormindo e quatro horas lendo o Saltério. Durante o dia, eles alternavam trabalho e oração desde a manhã até o meio dia, faziam as leituras desde o meio-dia até as Vésperas, depois das quais preparavam a Ceia para si mesmos. Essa era a única refeição em vinte-e-quatro horas e geralmente se constituía de algum tipo de legume. Diz-se que Pímem havia comentado: “Comemos o que nos foi dado. Ninguém jamais dissera ‘Dei-me mais’ ou ‘Eu não o quero’. Desta maneira, passamos toda a nossa vida em silêncio e em paz.” Pímem conduziu uma vida de ascetismo no quinto século e pacificamente repousou em avançada idade