“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Grande Festa da Exaltação Universal da Venerável e Vivificante Cruz - 14/27 set

Neste dia, comemoram-se dois eventos relacionados com a Honorável Cruz do Cristo; o primeiro é a descoberta da Honorável Cruz no Gólgota, e o segundo é o retorno da Honorável Cruz a Jerusalém, vinda da Pérsia. Ao visitar a Terra Santa, a santa Imperatriz Helena decidiu encontrar a Honorável Cruz do Cristo. Um idoso judeu de nome Judá era o único que sabia onde estava a Cruz e, pressionado pela Imperatriz, revelou que a Cruz estava enterrada debaixo do templo de Vênus que o Imperador Adriano construíra sobre o Gólgota. A imperatriz ordenou que esse templo idólatra fosse demolido e, ao cavar fundo abaixo dele, descobriu três cruzes. Enquanto a imperatriz refletia sobre como haveria de verificar qual delas era a do Cristo, uma procissão fúnebre passava por perto. O Patriarca Macário disse ao povo para que depusessem as cruzes, uma de cada vez, sobre o morto. Enquanto a primeira e, depois, a segunda cruz foram postas sobre o cadáver, o defunto permaneceu como estava. Quando lhe depuseram a terceira cruz, o morto voltou à vida. Foi assim que descobriram que esta era a Preciosa e Vivificante Cruz do Cristo. Então depuseram a Cruz sobre uma mulher enferma e ela ficou sã. O Patriarca ergueu a Cruz para que todas as pessoas pudessem vê-la, e o povo, entre lágrimas, cantou: "Senhor, tem piedade!" A Imperatriz Helena mandou fazer uma urna de prata e nela dispôs a Venerável Cruz. Tempos mais tarde, o imperador persa Cosroés conquistou Jerusalém, escravizou muita gente e levou a Cruz do Senhor à Pérsia. A Cruz permaneceu na Pérsia por quatorze anos. No ano 628, o Imperador grego Heráclio derrotou Cosroés e, com muita cerimônia, trouxe a Cruz de volta a Jerusalém. Enquanto adentrava na cidade, o imperador Heráclio carregava a Cruz nas costas; mas a certa altura, de repente, não conseguiu dar mais nenhum passo. O Patriarca Zacarias viu um anjo que impedia o imperador de conduzir a Cruz pela mesma trilha em que o Senhor caminhara descalço e humilhado. O Patriarca comunicou essa visão ao imperador. O imperador despiu-se de suas indumentárias e, descalço e em andrajos, tomou a Cruz, carregou-a ao Gólgota e depositou-a na Igreja da Ressurreição, para alegria e consolo de todo o mundo cristão.