“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

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sexta-feira, 27 de junho de 2008

Oração

Ó Amor, Amor divino, cuja paz e o amor não têm limites.
Ó Amor, divino Amor, que por amor pelo homem criaste o universo visível e invisível, que tudo manifesta, tudo mostra, tudo canta, tudo glorifica, tudo celebra, dia e noite, por toda parte e sempre a Tua presença invisível, dulcíssima e jubilosa:
A infinidade da Tua sabedoria,
A infinidade do Teu amor,
A infinidade da Tua misericórdia,
Com o seu silêncio, sua beleza, seu perfume, seu hino de louvor secreto.
Ó dulcíssima e odorante, secreta e silenciosa doxologia que as criaturas dirigem ao Seu Criador.
Ó meu Deus, meu Deus! Abre os olhos da minha alma afim de que eu possa ver, eu também, a grandeza da Tua natureza. Abre os ouvidos de minha alma para que eu ouça, eu também, esta salmodia, esta melodia que Te é destinada.
Ó Amor, divino Amor, que nos ofertaste gratuitamente os Teus Sacramentos por amor pelo homem.
Gratuitamente a graça do Batismo,
Gratuitamente a Crismação,
Gratuitamente o Teu Santo Corpo e o Teu Santo Sangue,
Gratuitamente até o Teu Paraíso.
Ó Amor, Amor divino, que por amor pelo homem deixou o céu e veio para levar uma coroa de espinhos e ser pregado na Cruz.
Ó Amor, divino Amor, que por amor espera que venhamos nós para junto de Ti, e que vieste Tu-Próprio entre nós. Tu vieste entre nós e Te manifestaste de maneira diferente a cada um de nós.
Tu Te tornaste visível, Te deixaste tocar, foste sacrificado; nós Te comemos, nós Te bebemos.
Ó Amor, Amor divino, deixe-me aproximar para provar um pouco deste amor que é o Teu, ele que sem cessar arde em mim a tal ponto que não posso encontrar o repouso e saciar um pouco de minha sede.
“E a lembrança de Deus estava em meu coração, como um fogo devorador que penetra até dentro dos meus ossos”.
Ó sêde, sêde, minha doce sêde; quando serei eu desalterado? Pois quanto mais eu bebo, mais tenho sêde de Ti; tenho sede e não posso ser saciado nem desalterado, antes ainda ardo mais desta minha sêde.
Ó Amor, divino Amor, mais tento eu Te provar para ser saciado de Ti, quanto mais me aproximo de Ti, mais longe me encontro.
“Aqueles que Me comem terão ainda fome, aqueles que Me bebem ainda terão sede”.
Ó Amor, divino Amor, que por nós homens exclamou e não deixa ainda e clamar: “Eu sou a Luz do mundo; Eu, Luz vim ao mundo”.
Ó Luz, Luz de toda eternidade. Luz, minha dulcíssima Luz, ilumina também as minhas trevas, dissipa a minha insensibilidade, a minha vertigem.
Ó Luz, Luz, quando ver-Te ei?
Vem Luz, Luz de minha alma; eu não tenho mais paciência, não a tenho mais.
Ó minha alma, minha alma, até quando guardarás os olhos fechados?
Fui eu quem os fechei por esta desobediência.
Ó minha alma, minha alma; como fui injusto para contigo; ao me recordar choro amargamente como um outro Pedro, eu deito lágrimas mui amargas.
Mas, vem tu também para a Luz, posto que estás cego e Ele que é a Luz Te abrirá os olhos. Verás então novamente e tal como um outro Tomé, exclamarás: “Meu Senhor e meu Deus!”.
Ó Verdade eterna...
Amém.