“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Oração de São Simeão, o Novo Teoólogo

Meu Deus, porque gostas de perdoar,
faze crescer em mim o brilho
de Tua luz inacessível,
para encher de alegria o meu coração.
Ah! Não Te irrites, não me abandones,
mas faze minha alma resplandecer
de Tua luz,
porque a Tua luz és Tu mesmo,
ó meu Deus!
Afastei-me do caminho reto e divino,
lamentavelmente caí da glória
que me fora dada.
Fui despojado da veste luminosa e divina,
caí nas trevas e nelas estou caído,
e não sei que estou privado de luz.
Mas Tu que és todos os bens,
Tu os dás, incessantemente, aos Seus servos,
aos que vêem a Tua luz.
Quem possui, possui tudo,
realmente, em Ti.
Que eu não fique privado de Ti,
Mestre e Criador!
Humilde estranho que sou, ó Misericordioso.
Põe-me junto de Ti,
mesmo se pequei mais que todos os homens.
Acolhe minha oração como a do publicano,
como a da prostituta,
mesmo se eu não choro como chorava ela,
mesmo se não te enxugo os pés
da mesma maneira
e se não gemo nem me lamento
do mesmo modo.
Tu és a fonte de piedade, manancial
de misericórdia, rio de bondade.
A esses títulos, tem piedade de mim!
Tu que tiveste as mãos
e os pés pregados à cruz
e Teu lado aberto pela lança,
ó Senhor tão compassivo,
tem piedade, tira-me do fogo eterno,
faze que Te sirva como devo,
não mereça condenação,
mas seja acolhido em Teu festim de bodas,
onde partilharei de Tua felicidade,
meu bom Senhor,
na alegria inexprimível,
por todos os séculos. Amém.