Por que te inquietas com os juízos dos homens e que te importam seus vãos pensamentos? Eles vêem quando muito o exterior; seus olhos não penetram no fundo da alma, onde estão se eles te condenarem, nem te ensoberbeças se te louvarem. Prostra-te porém diante de Deus e dize-lhe: “Se perscrutares, Senhor, nossas iniqüidades quem poderá estar em vossa presença?” (Sl. 129,3).
Alguns exageram a importância do que eles chamam reputação, e no excessivo calor com que defendem, há muitas vezes mais amor-próprio que zelo verdadeiro. Jesus Cristo, carregado de ultrajes, deu-nos outro exemplo: “calou-se e não abriu a boca” (Sl. 38, 10).
Todos os santos foram como ele perseguidos e caluniados. Quando tivermos feito o que de nós dependia para não escandalizar a nossos irmãos, nossa consciência estará sossegada; nada mais nos resta senão ficar em paz na humilhação. Deus sabe de tudo, isto basta. “Pouco se me dá, escrevia São Paulo aos coríntios, pouco se me dá ser julgado por vós, ou por algum tribunal humano; eu não me julgo a mim mesmo; quem me julga é o Senhor. Não julgueis pois antes do tempo, até que o Senhor venha: Ele porá patente o que está oculto nas trevas, manifestará os segredos dos corações, e então cada um receberá de Deus o louvor que merece” (1 Co. 4, 3-5).
Para Vos contentar, Deus de minha alma, não tenho trabalho, porque Sois bom de contentar e com Vossa bondade Vos acomodais ao que posso e ao que não sei. No que se refere a minha salvação tendes-me descoberto Vossa vontade para que a não erre; e nas coisas que não são desta importância, em que não tenho necessidade de ter certeza do que nelas quereis, aceitais a boa intenção e o desejo, ainda que seja diferente do que Vós quereis nestas coisas. Sofreis-me quando me vedes errar, ajudai-me para me levantar, e nunca diante de Vós sou tão mau que Vosso piedoso juízo não ache razão para me favorecer, para que o não seja. Convosco, meu Deus, sempre estou bem. Mas os homens, curtos no entendimento, afeiçoados no juízo, diferentíssimos nas inclinações e pareceres, como me é possível contentá-los? Aprovam e desaprovam sem consideração; um quer que sofra, quando outro quer que me vingue. Um me tem por humilde, quando outro me tem por hipócrita: tudo é deste modo sem fundamento. E quando me fora possível contentá-los a todos, que ganharia com isso? Que proveito tiraria para a minha salvação? Concedei-me, Senhor, a graça de poder levar com paciência as fraquezas de meu próximo.
Alguns exageram a importância do que eles chamam reputação, e no excessivo calor com que defendem, há muitas vezes mais amor-próprio que zelo verdadeiro. Jesus Cristo, carregado de ultrajes, deu-nos outro exemplo: “calou-se e não abriu a boca” (Sl. 38, 10).
Todos os santos foram como ele perseguidos e caluniados. Quando tivermos feito o que de nós dependia para não escandalizar a nossos irmãos, nossa consciência estará sossegada; nada mais nos resta senão ficar em paz na humilhação. Deus sabe de tudo, isto basta. “Pouco se me dá, escrevia São Paulo aos coríntios, pouco se me dá ser julgado por vós, ou por algum tribunal humano; eu não me julgo a mim mesmo; quem me julga é o Senhor. Não julgueis pois antes do tempo, até que o Senhor venha: Ele porá patente o que está oculto nas trevas, manifestará os segredos dos corações, e então cada um receberá de Deus o louvor que merece” (1 Co. 4, 3-5).
Para Vos contentar, Deus de minha alma, não tenho trabalho, porque Sois bom de contentar e com Vossa bondade Vos acomodais ao que posso e ao que não sei. No que se refere a minha salvação tendes-me descoberto Vossa vontade para que a não erre; e nas coisas que não são desta importância, em que não tenho necessidade de ter certeza do que nelas quereis, aceitais a boa intenção e o desejo, ainda que seja diferente do que Vós quereis nestas coisas. Sofreis-me quando me vedes errar, ajudai-me para me levantar, e nunca diante de Vós sou tão mau que Vosso piedoso juízo não ache razão para me favorecer, para que o não seja. Convosco, meu Deus, sempre estou bem. Mas os homens, curtos no entendimento, afeiçoados no juízo, diferentíssimos nas inclinações e pareceres, como me é possível contentá-los? Aprovam e desaprovam sem consideração; um quer que sofra, quando outro quer que me vingue. Um me tem por humilde, quando outro me tem por hipócrita: tudo é deste modo sem fundamento. E quando me fora possível contentá-los a todos, que ganharia com isso? Que proveito tiraria para a minha salvação? Concedei-me, Senhor, a graça de poder levar com paciência as fraquezas de meu próximo.