“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

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domingo, 21 de outubro de 2007

“Da leitura das Sagradas Escrituras”

Nas “Sagradas Escrituras” deve procurar-se a verdade, não a eloqüência.
Devem ser lidas com o mesmo espírito com que foram ditadas.
Busque-se antes a utilidade que a subtileza da linguagem.
Devemos ler com igual boa vontade, tanto os livros simples e piedosos, como os sublimes e profundos.
Não te mova a autoridade de quem escreve, se é de pouca ou de muita erudição: seja o puro amor da verdade que te leve à leitura.
Não procures saber quem disse, mas o que foi dito.
Os homens passam, mas a verdade do Senhor permanece eternamente.
De vários modos ela nos fala de Deus, sem acepção de pessoa.
Nossa curiosidade, muitas vezes, nos prejudica na leitura das Escrituras; porque pretendíamos entender e discernir tudo, quando conviria, simplesmente, ir além.
Se queres tirar proveito, lê com humildade, com fé e simplicidade e não aspires jamais ter fama de letrado.
De boa vontade consulta e ouve calado as palavras dos santos; e não te enfades com as sentenças dos mais velhos. Porque eles não as proferiram sem razão.