Filipe nasceu em Betsaida, às margens do Mar da Galiléia, tal como Pedro e André. Instruído nas Sagradas Escrituras desde a juventude, Filipe respondeu imediatamente ao chamado do Senhor Jesus e O seguiu (João 1:43). Após a descida do Espírito Santo, Filipe pregou com zelo o Evangelho por muitas regiões da Ásia e da Grécia. Na Grécia, os judeus quiseram matá-lo, mas o Senhor o salvou por meio de Seus poderosos milagres. Dessa forma, um alto sacerdote judeu que corria rumo a Filipe para espancá-lo foi subitamente cegado e ficou completamente negro. Houve então um grande terremoto, a terra se abriu e engoliu o pérfido perseguidor de Filipe. Muitos outros milagres se manifestaram, especialmente a cura dos doentes, pelos quais muitos pagãos acreditaram no Cristo. Na cidade frígia de Hierápolis, São Filipe se viu num trabalho evangélico conjunto com sua irmã Mariana, São João o Teólogo e o Apóstolo Bartolomeu. Nessa cidade havia uma serpente perigosa que os pagãos alimentavam cuidadosamente e adoravam como um deus. O apóstolo de Deus matou a serpente pela oração, como que por uma lança, mas incorreu também na ira do povo ignorante. Os pérfidos pagãos capturaram Filipe e o crucificaram de cabeça para baixo em uma árvore; depois crucificaram Bartolomeu também. Nisso, a terra se abriu e engoliu o juiz e muitos outros pagãos com ele. Com grande temor, o povo correu para resgatar os apóstolos crucificados, mas apenas Bartolomeu ainda estava vivo; Filipe já havia expirado. Bartolomeu ordenou Estáquio bispo para aqueles a quem ele e Filipe haviam batizado. Estáquio fora cego por quarenta anos; Bartolomeu e Filipe haviam-no curado e batizado. As relíquias de Filipe foram mais tarde trasladadas para Roma. Esse admirável apóstolo padeceu no ano de 86, ao tempo do Imperador Domeciano.
“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”
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