“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

"Sobre o Cristo como o Pão da Vida"

Eu sou o Pão da vida (João 6:35).
Quem pode dar a vida, meus irmãos, se não o Único que a criou? Quem, em verdade, pode ser o Pão da vida senão o nosso Criador? Foi Ele quem criou, é Ele quem sustenta, é Ele quem alimenta e é Ele quem dá a vida. Se o trigo alimenta o corpo, o Cristo alimenta a alma. Se nosso corpo é sustentado pelo pão terreno, nossa alma é nutrida e vive pelo Cristo. Se nossas almas forem alimentadas por outro alimento qualquer, e não pelo Cristo, nossas almas caíram e perecerão; não viverão. Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna (João 6:27), assim falou o Senhor numa passagem anterior. Primeiro Ele examina a fome dos homens e, depois, oferece pão para satisfazê-los. Na realidade, Ele oferece a fome e, depois, o pão, pois os homens confundem-se sobre a fome. Os homens têm fome, mas não sabem do quê. Mesmo saciados pelo alimento terreno, mesmo quando empanzinados, sentem uma certa fome insaciável. Embora saibam que todo o mundo e todo o pão sobre a face da terra não conseguem satisfazer essa misteriosa fome, eles correm atrás de alimento mundano, competem pelo mundo e apenas pelo mundo. A verdadeira fome dos homens é a fome dos céus, da vida eterna, de Deus. O Senhor Jesus primeiro ressalta a fome e, depois, prepara a refeição para saciá-la. Ele próprio é esta refeição: Eu sou o Pão da vida, aquele que vem a Mim não terá fome (João 6:35). Eles serão saciados, regozijar-se-ão, serão revivificados, conhecerão Deus e a si mesmos. Ó meus irmãos, Ele os ressuscitará dos mortos! Alimentando-se unicamente do alimento que perece, sem a imortal comida espiritual, gradualmente a alma se embota e, no final, torna-se totalmente morta. Morta de quê? De fome. O corpo é da terra e sacia-se com comida terrena, mas a alma é do sopro da própria Fonte de Vida e busca comida e bebida de sua única e inigualável Fonte.

Senhor Jesus, Pão de vida eterna, Verdadeira e Imperecível Vida, dulcíssimo Pão, alimenta-nos de Ti mesmo.

A Ti, a glória e o louvor para sempre. Amém.