“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

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domingo, 23 de agosto de 2009

Santos Mártires Arquidiácono Lourenço; Sixto, Papa de Roma e seus companheiros - 10/23 ago

Quando o Papa Estevão foi assassinado (2 de agosto), Sisto, ateniense de nascimento, foi designado para ocupar seu lugar. Sixto já fora filósofo uma vez e, então, tornou-se um cristão. Era uma época em que os bispos de Roma eram mortos um após o outro: tornar-se um Bispo de Roma significava ser condenado ao martírio. O Imperador Décio estava determinado em aniquilar o Cristianismo. Rapidamente, o Papa Sisto foi trazido a julgamento, juntamente com dois diáconos: Felicíssimo e Agapito. Sendo os três lançados à prisão, o Arquidiácono Lourenço disse ao Papa: “Aonde vais, ó pai, sem vosso filho? Onde, ó bispo, sem o vosso arquidiácono?” O Papa consolou-o, profetizando que Lourenço sofreria maiores torturas ainda por Cristo e que em breve ele seguiria seu caminho. De fato, assim que decapitaram Sixto e seus dois diáconos, Lourenço foi aprisionado. Lourenço previamente realizara suas tarefas e pusera em ordem todos os assuntos relacionados à Igreja. Na qualidade de tesoureiro e administrador da Igreja, ele removeu todos os objetos de valor da Igreja para a casa do viúvo Ciríaco. (Nesta ocasião, ele curou Ciríaco de uma terrível dor de cabeça por um simples toque seu e restaurou a visão a um cego, Crescêncio). Depois de ter sido lançado à prisão, Lourenço curou de cegueira a Lucílio, prisioneiro de muitos anos, batizando-o em seguida. Testemunhando isso, Hipólito, o carcereiro, também foi batizado. Mais tarde, este veio a sofrer por Cristo (13 de agosto). Visto que Lourenço não negaria Cristo, pelo contrário aconselhou Décio a rejeitar seus falsos deuses, espancaram sua face com pedras, e seu corpo foi flagelado com o scorpion (uma corrente com dentes afiados e pontudos e um cabo encurvado à semelhança de uma causa de escorpião). Romanus, que estivera presente na tortura, converteu-se à fé cristã e foi imediatamente decapitado. Por último, eles colocaram Lourenço nu sobre uma enorme grelha e ascenderam fogo debaixo dele. Consumindo-se pelo fogo, São Lourenço dava glórias a Deus e zombava o imperador por seu paganismo. Depois, Lourenço entregou sua heróica e pura alma a Deus. Hipólito levou seu corpo na calada da noite à casa de Ciríaco e, depois, para uma gruta, onde Hipólito honrosamente enterrou-o. São Lourenço com os outros sofreram no ano 258.

Tropário, t.3
Aceso pelo Espírito divino, como brasa consumiste as ervas daninhas do erro, ó vitorioso mártir Lourenço; como um incenso de espiritual suavidade tu queimaste por Aquele que te glorificou, atingindo assim com o teu fogo o último tom da perfeição; de todo dano, Arcediácono de Cristo, guarde os fiéis que veneram a tua memória.