Sofreguidão, ansiedade, avidez, pressa, urgência, irritação, ânsia, precipitação, leviandade, irreflexão, imprudência, prurido, comichão, coceira, tentação, cobiça, ambição, ansiedade, voracidade.
Um grande Mal dos nossos tempos, leva as pessoas a cometerem erros nas suas vidas e muitas das vezes pagando com ela ou diminuindo o tempo desta.
As maiorias das vezes acabaram por não mais podê-la controlar. Muitas das vezes em seu principio não sabemos que a possuímos, pois não damos ouvidos as pessoas que nos tentam alertar, pois achamos que isso seria uma situação natural. Estes preceitos se devem a inversão com que vemos o mundo e suas leis naturais.
Pesquisadores de uma universidade em Chicago (EUA) publicaram na semana passada, os resultados de uma pesquisa sobre as conseqüências da impaciência para a saúde das pessoas. Pessoas impacientes sofrem mais com problemas de hipertensão e têm mais probabilidades de contrair doenças cardíacas. Eles utilizaram algumas perguntas para avaliar se uma pessoa é impaciente: Você se aborrece quando tem de esperar? Você come depressa? Você costuma sentir-se pressionado no fim de um dia normal de trabalho? Costuma sentir-se pressionado pelo tempo? Aproveite e faça uma auto-avaliação.Você é uma pessoa impaciente?
A Bíblia afirma que a impaciência é uma manifestação de incredulidade e desconfiança. O profeta Isaías apresenta quatro atitudes geradas pela impaciência:
A impaciência leva-nos a substituir os planos de Deus pelos nossos. (Is 30.1)
A impaciência nos conduz a fazer coisas proibidas por Deus. (Is 30.1)
A impaciência gera frustrações e decepções. (Is 30.2-3)
A impaciência produz a rejeição do tempo ou do momento certo de Deus. (Is 30.4-5).
A impaciência, portanto, é danosa e prejudicial. Ela é uma evidencia clara da falta de fé em Deus. O profeta Isaías apresenta a solução para a impaciência: Porque assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em sossegardes, esta a vossa salvação; na tranqüilidade e na confiança, a vossa força, mas não o quisestes (Is 30.15).
Três lições bíblicas para superarmos a impaciência:
1. Precisamos de conversão para Deus.
A conversão é voltar à mente e o coração para Deus. Ela é imprescindível no começo da vida cristã e indispensável no crescimento espiritual. Deus diz ao seu povo: Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. (2Cr 7.14). Quando o apostolo Pedro estava tomado pelo pecado da soberba, Jesus lhe disse: Tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos (Lc 22.32).
2. Precisamos sossegar ou tranqüilizar o coração
A conversão a Deus sossega o coração. A fé tranqüiliza e nos dá acesso a paz de Deus: Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti (Is 26.3). E é na tranqüilidade que aprendemos quem é Deus, e o seu grande poder. O salmista declara que no contexto de turbulência e agitação, precisamos ficar quietos: Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus (Sl 46.10). Ore e transfira para Deus toda a sua ansiedade.
3. Precisamos confiar nas promessas de Deus
As promessas de Deus estão em sua Palavra. Confiar em Deus e acreditar na sua pessoa e naquilo que Ele diz. Aguardo o Senhor, a minha alma o aguarda; eu espero na sua palavra (Sl 130.5). Josué testemunha de maneira maravilhosa: Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor falara a casa de Israel; tudo se cumpriu. (Js 21.45). Deus nunca falhou ou descumpriu o que prometeu. Ninguém jamais ficou envergonhado em esperar no Senhor.
Vivemos dias agitados. Estamos sempre sob pressão. Neste contexto, a impaciência é considerada uma virtude, por muitos. A medicina e a Bíblia, porém, advertem: a impaciência é prejudicial a sua saúde física e espiritual.
O Prof Paulo Geraldo, prof. de português em Portugal nos escreve:
Reconhecemos, tal como já sucedia com os nossos antepassados, que estamos feitos para a felicidade, mas queremo-la no imediato. Não estamos dispostos a esperar por um além, do qual, aliás, nos acostumamos a duvidar. Paraísos... só se forem já e aqui.
Os antigos desconfiavam do imediato. Parecia-lhes pouco e pequeno. Encontravam dentro de si ânsias e desejos que nenhuma coisa daqui seria capaz de satisfazer. Parecia-lhes natural que um bem tão grande como aquele que pressentiam se fizesse esperar. Que custasse - em sacrifício - um preço muito elevado. Que se encontrasse, em plenitude, somente no final do caminho. Que estivesse tantas vezes escondido - como os tesouros.
Mas nós habituamo-nos a carregar em botões que fazem funcionar mecanismos que realizam - imediatamente e sem esforço da nossa parte - tarefas árduas e demoradas. Não cabe na nossa cabeça que não exista uma forma moderna, rápida e fácil de encontrar a felicidade.
Lançamo-nos, portanto, a procurá-la no que está perto, no que é fácil, no imediato.
Mas sucede - e todos vamos verificando isso - que não somos felizes. Que erramos o método. Que não existe modernidade neste campo.
Aquilo que está à nossa volta pode, sem dúvida, servir de caminho, fornecer pistas, funcionar como uma janela para o ponto de chegada. Mas não é o ponto de chegada.
Conseguimos apenas recolher prazer, satisfazer gostos e caprichos, saborear alguma comodidade - o que é muito, muito pouco. O nosso coração tem outras medidas. Por isso, continuamos a chorar por dentro, a sentir o desencanto e até a amargura.
Quem poderá descrever aquilo que existe dentro de nós?
Mas, para não termos de reconhecer o fracasso, chamamos a isso felicidade. Andamos emproados com as nossas roupas de marca, os nossos telefones celulares de último modelo, a nossa conta bancária, o nosso "poder de compra", a nossa ração diária de conforto...
Os resultados de confundirmos prazer com felicidade foram devastadores: animalizamos a sexualidade, desistimos da família, usamos as outras pessoas como nunca se tinha feito no planeta, tornamo-nos a nós mesmos semelhantes às coisas a que tínhamos entregado o coração.
E transmitimos tudo isso aos nossos filhos, pelo menos com o nosso exemplo ou com os nossos silêncios indesculpáveis. Ao mesmo tempo em que - como andávamos muito ocupados com os nossos prazeres rasteiros - os deixávamos abandonados num mundo que não é fácil de entender.
Teriam precisado de nós muito mais do que aquilo que de nós lhes demos. Em tempo, em sinceridade, em exemplos de virtudes, em verdadeira amizade. Teriam precisado, antes de mais, de que lhes déssemos irmãos, muitos irmãos - que são os grandes educadores e os grandes amigos para a vida.
Muitos deles também procuram agora a felicidade no prazer. Bebem, drogam-se, curtem. Freqüentam casas noturnas. Divertem-se em risos tontos e vazios. Tornaram-se bonecos nas mãos dos mercadores. Estudam como loucos para virem a ser ricos. Enfeitam-se extravagantemente por fora, porque ninguém lhes disse que se deviam enfeitar principalmente por dentro.
Tenho como certo que trazemos sobre os ombros o peso do sofrimento de uma geração. Se não nos emendarmos, a nossa saída de cena - não falta muito - será um alívio para o mundo.
Ficarão por aqui as vítimas da nossa impaciência. Hão de crescer amparados apenas uns aos outros; hão de errar muito e sofrer aquilo que não seria necessário sofrer. Mas encontrarão o caminho e serão homens.
Retornando ao nosso texto vemos o quanto aprendemos sobre a impaciência e indo procurá-la encontramo-la como sendo tão antiga quanto ao homem. O próprio Adão “impaciente” quis um resultado imediato e ouviu a Eva. Sabemos a conseqüência.
Nos tempos atuais vemos que as novas ciências não trouxeram nenhum alivio para ela, porem, tornou-a muitas vezes vestida de disfarces. Com isso dificultando a nossa tarefa de dominá-la.
Muitas brigas surgem motivadas por coisas sem sentido, mas que se avolumam e se inflamam com o calor da discussão. Isso porque algumas pessoas têm a tola pretensão de não levar desaforo para casa, mas acabam levando à prisão, ao hospital ou ao cemitério!
Por isso, é importante aprender a arte de não se irritar e encontrar uma saída inteligente. A pessoa que se irrita aspira o ar tóxico que exterioriza em volta e envenena a si mesma.
Ninguém discorda que é preciso amar para ser amado, e só quem ama de verdade cultiva os dons divinos que nos trazem graças em abundância. Os frutos da paciência são incontáveis em número, mas muito contados em histórias verídicas de amor ao próximo. A Virgem é o maior exemplo disso, por sofrer com paciência e confiança, aguardando a ressurreição.
Muitas pessoas falam a respeito de dosar a paciência. E de usar um pouco de impaciência para não ser confundido como conformista ou submisso e etc. Existem problemas que necessitam que a pessoa seja atirada e perca um pouco a paciência e com isso não cairá no que se diz, que tudo vem dos Céus. Dosar impaciência e muito difícil para uma pessoa impaciente seria mais fácil dosar a paciência para uma pessoa paciente. Devemos ter cuidado com o que ensinamos, pois poderíamos levar uma pessoa a desaprender tudo que conseguiu entender. Temos que nos lembrar o que Deus nos disse: “Tendes ouvido da paciência de Jó” (Tg 5:11).
Estou escrevendo sobre a impaciência, pois passei a perceber que as maiorias das pessoas não as possuem inclusive eu. E tenho certeza que muitas de nossas atitudes são regidas por ela e nos tornam pessoas vulneráveis e frágeis tanto na construção de nosso ser pessoal como no nosso relacionamento com o próximo, comprometendo inclusive aquilo que estamos desenvolvendo. Quisera aprender que Deus que está esperando julgar, não quando Sua paciência Se esgotar, mas quando o cálice da iniqüidade do mundo se encher. À hora do julgamento fica por conta da Sua vontade e não depende de maneira alguma da Sua paciência. Ele é infinito em paciência e o julgamento não será um ato de impaciência, mas de severa justiça. Deus nos revela que assim como tratarmos aos outros assim Ele nos tratará, e mesmo sabendo disso somos passiveis e tardos em mudar.
Continuaremos a escrever sobre este tema ate que um dia isto esteja escrito em nossos corações e que a razão já tenha sido superada.
Com ampor e com a vossa paciência em ler .
“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”
ok
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
"Impaciência e seus sinônimos e significado "
Presbítero Levy