“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Santa Virgem Megalomártir, Bárbara, de Nicomédia e sua companheirta Juliana (+ 306) - 04/17 dez

Essa gloriosa seguidora de Cristo foi prometida a Cristo desde sua tenra infância. Seu pai, Dióscoro, era um pagão, renomado por sua posição e riqueza na cidade de Heliópolis, no Egito. Dióscoro encarcerou Bárbara, sua filha única, brilhante de mente e de belo porte, numa alta torre. Rodeou-lhe de todo conforto, deu-lhe servas, ergueu ídolos para o culto e construiu-lhe uma sala de banhos com duas janelas. Ao olhar pela janela para a terra abaixo e os céus estrelados acima, a mente de Bárbara foi aberta pela graça de Deus. Ela reconheceu o único Deus Verdadeiro, o Criador, apesar do fato de não ter um mestre humano para conduzi-la a esse conhecimento. Certa vez, enquanto seu pai estava fora da cidade, ela desceu da torre e, de acordo com a Providência de Deus, encontrou algumas mulheres cristãs que lhe revelaram a verdadeira Fé do Cristo. O coração de Bárbara ficou inflamado de amor pelo Cristo Senhor. Ordenou que uma terceira janela fosse aberta na sala de banhos, para que as três janelas representassem a Santa Trindade. Sobre uma parede ela traçou com seu dedo uma cruz, e a cruz gravou-se fundo na pedra, como se tivesse sido entalhada com um cinzel. Uma poça d'água brotou de suas pegadas no chão do banheiro, a qual mais tarde trouxe a muitos a cura de doenças. Ao saber da fé de sua filha, Dióscoro espancou-a severamente e retirou-a da torre. Ele a perseguiu com a intenção de matá-la, mas um penhasco se abriu e escondeu Bárbara de seu pai brutal. Quando ela reapareceu, seu pai a levou a Marciano, o magistrado, que a entregou à tortura. Eles despiram a inocente Bárbara e a açoitaram até que seu corpo ficasse coberto de sangue e chagas, mas o próprio Senhor aparece a ela na prisão com Seus Anjos e a curou. Uma certa mulher, Juliana, vendo tudo isso, desejou para si o martírio. Ambas foram severamente torturadas e conduzidas pela cidade em meio ao escárnio. Seus seios foram amputados e muito sangue verteu deles. Enfim, foram levadas ao local de execução, onde o próprio Dióscoro executou sua filha e Juliana foi morta pelos soldados. Naquele mesmo dia, raios atingiram a casa de Dióscoro, matando a ele e a Marciano. Santa Bárbara sofreu no ano de 306. Suas relíquias milagrosas repousam em Kiev. Glorificada no Reino de Cristo, apareceu em muitas ocasiões até em nossos próprios dias, às vezes sozinha e às vezes na companhia da Santíssima Deípara.