Esta era, para os judeus, que a chamavam “festa das semanas”, a festa das primícias da colheita: “festa das semanas” pois ela caía sempre 7 semanas mais um dia, após a Páscoa, de onde seu nome grego de “Pentecostes” ou do 50º dia. Comemorava-se esse 50º dia, festa agrícola por excelência, através da oferenda de sacrifícios especiais; as oferendas eram recomendáveis.
Ele revestia-se, assim, de um caráter familiar: todas as pessoas da casa, incluindo os escravos, deveriam tomar parte no festim. Ao agradecer a Deus pela colheita, Israel não deveria esquecer que ele próprio havia sido pobre e escravizado no Egito. O Pentecostes enquadra-se, portanto, no ciclo das festividades pascais, o qual fecha solenemente.
Jesus, tendo tornado-Se Primícia da humanidade, envia Seus discípulos a juntar o resto da colheita, e Pentecostes não é senão a inauguração desse trabalho espiritual que ocupará, a partir de agora, toda a duração do tempo: a colheita dos séculos!
Senhor, Tua colheita recomeça sempre em nossas almas ou em qualquer novo país. Como ceifador judeu de antigamente, nós Te proclamamos Mestre da terra, ao Te oferecer esses presentes repletos de amor.
Celebrada 50 dias após a Páscoa, Pentecostes era também uma festa “jubilar”, a exemplo do ano jubilar celebrado a cada 50 anos: ela é também a festa da libertação da escravatura, fruto da intervenção redentora de Deus. O ano jubilar comportava 3 obrigações: repouso da terra, retorno do solo aos primeiros proprietários e libertação dos escravos. Josefo acrescenta (antiguidades 3,12,3) até mesmo a extinção das dívidas. Jesus apresentou-Se como o Libertador (Lc. 4,21). No dia de Pentecostes, os discípulos, por sua vez, iniciam seu papel de arautos da liberdade, da salvação total das almas e do grande perdão. Pelo Espírito Santo, nós retornamos à graça e amizade de Deus, à liberdade dos filhos de Deus, à herança e à posse do Reino. Festa da liberdade e da redenção, Pentecostes nos convida a um reconhecimento e à alegria.
Na tradição judaica posterior a Nosso Senhor, atribuía-se essa data de Pentecostes à promulgação da Lei dita por Moisés sobre o Sinai (historicamente o acontecimento coloca-se no 3º mês após a saída do Egito e, portanto, no mínimo 60 dias após a Páscoa). Para nós, Pentecostes é a proclamação da nova humanidade, o Evangelho que sucede a Lei. Como diz Santo Isidoro, é a festa do Evangelho. Da mesma forma que no Sinai, há também aqui o som do trovão, o fogo proveniente do céu e a força do Espírito Santo. E no entanto, grande é a diferença: a Lei era somente para o povo judeu; o Evangelho é para todas as nações, ou melhor, para todos os homens, sem distinção de nação, de raça, de cultura ou de religião. A Lei era inscrita em uma pedra, o Evangelho é impresso em nossos corações.
Nosso reconhecimento – para nós cristãos – deve ser superior ao dos judeus, de que a nova lei é a mais magnânima. Deus, nela, nos chama a uma intimidade mais estreita, mais definitiva, mas gratuita.
Na liturgia, esse dia tomou as características de uma festa da Trindade, sendo a descida do Espírito Santo festejada sobretudo no próprio dia da festa. Às Vésperas (dia anterior) recita-se, e de joelhos, uma série de longas orações (rito da genuflexão), de caráter penitencial bastante acentuado.
Duas idéias principais se desprendem do ofício do dia. A primeira é a descida da Santidade Divina, para unir todos os povos na confissão da Trindade. O Espírito Santo possui uma obra a realizar na Igreja e os fiéis devem abandonar-se à sua ação. Ao comunicar-se, Ele santifica as almas; elas vivem a partir de então, a vida do Cristo em união à Santíssima Trindade.
A segunda idéia é que apenas os apóstolos receberam o Espírito Santo, para transmiti-lo aos fiéis. Portanto, aquele que, deliberadamente, procurar o Dom do Espírito Santo fora da Igreja não conseguirá chegar à participação da vida divina. A festa de Pentecostes encerra a cinqüentena pascal. Ela é seguida de um período pós-festa, durante o qual nos é permitido comer de todos os alimentos, mesmo à quarta e à sexta-feira. Ela termina no sábado seguinte.
Ele revestia-se, assim, de um caráter familiar: todas as pessoas da casa, incluindo os escravos, deveriam tomar parte no festim. Ao agradecer a Deus pela colheita, Israel não deveria esquecer que ele próprio havia sido pobre e escravizado no Egito. O Pentecostes enquadra-se, portanto, no ciclo das festividades pascais, o qual fecha solenemente.
Jesus, tendo tornado-Se Primícia da humanidade, envia Seus discípulos a juntar o resto da colheita, e Pentecostes não é senão a inauguração desse trabalho espiritual que ocupará, a partir de agora, toda a duração do tempo: a colheita dos séculos!
Senhor, Tua colheita recomeça sempre em nossas almas ou em qualquer novo país. Como ceifador judeu de antigamente, nós Te proclamamos Mestre da terra, ao Te oferecer esses presentes repletos de amor.
Celebrada 50 dias após a Páscoa, Pentecostes era também uma festa “jubilar”, a exemplo do ano jubilar celebrado a cada 50 anos: ela é também a festa da libertação da escravatura, fruto da intervenção redentora de Deus. O ano jubilar comportava 3 obrigações: repouso da terra, retorno do solo aos primeiros proprietários e libertação dos escravos. Josefo acrescenta (antiguidades 3,12,3) até mesmo a extinção das dívidas. Jesus apresentou-Se como o Libertador (Lc. 4,21). No dia de Pentecostes, os discípulos, por sua vez, iniciam seu papel de arautos da liberdade, da salvação total das almas e do grande perdão. Pelo Espírito Santo, nós retornamos à graça e amizade de Deus, à liberdade dos filhos de Deus, à herança e à posse do Reino. Festa da liberdade e da redenção, Pentecostes nos convida a um reconhecimento e à alegria.
Na tradição judaica posterior a Nosso Senhor, atribuía-se essa data de Pentecostes à promulgação da Lei dita por Moisés sobre o Sinai (historicamente o acontecimento coloca-se no 3º mês após a saída do Egito e, portanto, no mínimo 60 dias após a Páscoa). Para nós, Pentecostes é a proclamação da nova humanidade, o Evangelho que sucede a Lei. Como diz Santo Isidoro, é a festa do Evangelho. Da mesma forma que no Sinai, há também aqui o som do trovão, o fogo proveniente do céu e a força do Espírito Santo. E no entanto, grande é a diferença: a Lei era somente para o povo judeu; o Evangelho é para todas as nações, ou melhor, para todos os homens, sem distinção de nação, de raça, de cultura ou de religião. A Lei era inscrita em uma pedra, o Evangelho é impresso em nossos corações.
Nosso reconhecimento – para nós cristãos – deve ser superior ao dos judeus, de que a nova lei é a mais magnânima. Deus, nela, nos chama a uma intimidade mais estreita, mais definitiva, mas gratuita.
Na liturgia, esse dia tomou as características de uma festa da Trindade, sendo a descida do Espírito Santo festejada sobretudo no próprio dia da festa. Às Vésperas (dia anterior) recita-se, e de joelhos, uma série de longas orações (rito da genuflexão), de caráter penitencial bastante acentuado.
Duas idéias principais se desprendem do ofício do dia. A primeira é a descida da Santidade Divina, para unir todos os povos na confissão da Trindade. O Espírito Santo possui uma obra a realizar na Igreja e os fiéis devem abandonar-se à sua ação. Ao comunicar-se, Ele santifica as almas; elas vivem a partir de então, a vida do Cristo em união à Santíssima Trindade.
A segunda idéia é que apenas os apóstolos receberam o Espírito Santo, para transmiti-lo aos fiéis. Portanto, aquele que, deliberadamente, procurar o Dom do Espírito Santo fora da Igreja não conseguirá chegar à participação da vida divina. A festa de Pentecostes encerra a cinqüentena pascal. Ela é seguida de um período pós-festa, durante o qual nos é permitido comer de todos os alimentos, mesmo à quarta e à sexta-feira. Ela termina no sábado seguinte.