Hino de Louvor
Santo André, iluminado pelo Espírito,E o Apóstolo Protocleto do Cristo,
Proclamava o Senhor dia após dia
E batizava o povo com a Cruz.
Como um jardineiro em seu próprio jardim,
Andava ele por cidades e aldeias,
E com talento enxertava árvores bravias,
Regando-as com a Água Viva,
Até chegar ao fim de seus dias
E ver a Cruz a aguardá-lo.
O jubiloso André disse à Cruz:
"Saudações, ó Cruz! Deus te santificou,
O Cristo te santificou com Seu corpo.
Ó Cruz, sê meu lugar de repouso.
Leva-me do pó da terra;
Ergue-me a Deus nas alturas
E deixa o Cristo tomar-me de ti;
O próprio Cristo que, por minha causa, foi crucificado em ti."
Discípulo do santo Batista
E apóstolo do Cristo Salvador,
Ó André, astro protocleto,Ajuda-nos pelas tuas orações.
Reflexão
São João Crisóstomo diz: "Tudo é dado aos apóstolos". Isto é, todos os dons, todos os poderes, toda a plenitude da graça que Deus dá aos fiéis. Vemos isto na vida do grande apóstolo, Santo André, o Protocleto: ele era apóstolo, evangelista, profeta, pastor e doutor (Efésios 4:11). Como evangelista, levou a boa nova do Evangelho aos quatro cantos da terra; como profeta, profetizou o batismo do povo russo e a grandeza de Kiev como cidade e centro cristão; como pastor, estabeleceu e organizou muitas igrejas; como doutor, ensinou incessantemente as pessoas, até e durante a sua própria crucificação, quando ensinou da cruz até o seu último suspiro. Em acréscimo a isso, ele foi um mártir, o que também é conforme o dom do Espírito Santo, e não é dado a todos. E assim vemos neste apóstolo, como nos outros, a plenitude da graça do Espírito de Deus. E toda grande obra que um seguidor do Cristo realiza deve ser atribuída àquela graça. São Frumêncio nos dá testemunho disso. Quando retornou de Alexandria para a Abissínia como um bispo consagrado, começou a operar os maiores milagres, convertendo assim grandes massas de gente à Fé. Então o rei perplexo lhe perguntou: "Tantos anos viveste entre nós e nunca te vimos realizar tais maravilhas. Como é que agora as fazes?" A isso o Beato Frumêncio respondeu ao imperador: "Isso não é obra minha, mas obra da graça do sacerdócio". O santo então explicou ao rei como ele tinha abandonado pais, casamento e o mundo inteiro pelo Cristo, e como ele havia -- pela imposição das mãos de Santo Atanásio -- recebido a graça do sacerdócio: a graça da taumaturgia.