“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

“Não cair em desânimo”

Não basta ser paciente com os outros, é preciso sê-lo também consigo mesmo. Certa desconsolação amarga e violenta que experimentamos depois de ter cometido alguma falta, vem antes do orgulho humilhado que do arrependimento sincero. O homem humilde que conhece sua fraqueza, não se admira de cair; chora sua queda, implora o perdão de sua culpa e levanta-se sossegado, para, para pelejar com renovado valor. Fraqueza e cair é sem dúvida grande mal; porém perturbar-se e perder ânimo depois de caído é por certo mal muito maior. A perturbação e o desalento têm sua origem numa sorte de despeito soberbo de ver-se o homem tão fraco ou da falta de confiança naquele que cura a nossa fraqueza. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação”, e se, sobrevindo a tentação vos acontece sucumbir, vigiai e orai ainda mais; porém não percais nunca a paz, porque nosso Deus é o Deus da paz e na paz é que Ele nos chama. A graça, a misericórdia e a paz de Deus Pai e de nosso Senhor Jesus Cristo “sejam pois sempre com todos nós, e levem-nos depois das provações deste tempo ao gozo da eterna bem-aventurança”.


Deus e Senhor todo-poderoso, que em nenhuma coisa mais manifestais Vosso infinito poder que em perdoar em ter misericórdia dos pecadores, que à Vossa imagem e semelhança criastes, acrescentai em nós Vossas grandes misericórdias e fazei que sobre todas as coisas Vos amem estes nosso terrenos corações, para que cheguemos às grandes mercês que nos prometestes, pois são tamanhas que excedem todo nosso desejo e merecem todo o desvelo de nosso coração.